Mais da metade das infecções de dengue em SC ocorrem na Grande Florianópolis

A Grande Florianópolis é a região de Santa Catarina que enfrenta o cenário mais crítico de dengue, mostra o informe da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Sanitária) divulgado nesta quarta-feira (22). O documento considera dados registrados até o último dia 18.

Mais de metade de todas as infecções registradas dentro do Estado ocorreram em sete municípios da região: Palhoça, Florianópolis, São José, Biguaçu, Águas Mornas, Santo Amaro da Imperatriz e São João Batista.

Mais da metade das infecções de dengue em SC ocorrem na Grande Florianópolis

Agentes de endemia fiscalizam água parada em Palhoça, município que enfrenta epidemia de dengue – Foto: Prefeitura de Palhoça/Divulgação/ND

A região da Grande Florianópolis registrou 1447 casos, 53,6% de todas as 2.695 transmissões dentro do estado. Considerando também os catarinenses cuja infecção ocorreu fora de Santa Catarina, já são  3.044 pessoas que foram infectados pelo vírus em 2023.

A situação é mais crítica em Palhoça, que tem mais de um terço de todos os casos de dengue em Santa Catarina. O município enfrenta uma epidemia. Confira o número de casos e as cidades:

  • Palhoça:  1103 casos;
  • Florianópolis : 259 casos;
  • São José: 68 casos;
  • Biguaçu: 13 casos;
  • Águas Mornas: 1 casos;
  • Santo Amaro da Imperatriz: 2 casos; e
  • São João Batista: 2 casos.

Nesta terça-feira (21), a Prefeitura de Palhoça, realizou uma força-tarefa de fiscalização de piscinas abandonadas na cidade a fim de minimizar os riscos de dengue. Obras e residências em situação de abandono foram visitadas nos bairros Pedra Branca, Jardim Eldorado, Ponte do Imaruim, São Sebastião e Pagani.

Durante a ação, os agentes da Vigilância Ambiental aplicaram pastilhas de larvicida, que dissolvem na água com ação inseticida durante 60 dias, além de lavrarem notificações responsabilizando os proprietários pela limpeza e adequação de piscinas e do terreno.

Santa Catarina já soma duas pessoas mortas por dengue em 2023. As mortes pela doença foram confirmadas em Florianópolis e Joinville. No entanto, há mais um caso em Joinville e dois em Palhoça suspeitos de mortes pela doença.

De acordo com o documento, 145 municípios foram considerados infestados pelo aedes aegypti, o que representa aumento de 17,24% em relação ao mesmo período de 2022, que registrou 120 municípios nessa condição.

Comitê de combate

Na última segunda-feira (20), o governo de Santa Catarina anunciou repasse de R$ 10 milhões às prefeituras para ampliar o atendimentos nas unidades de saúde. Também assinou decreto para a criação do COE-Arboviroses(Centro de Operações de Emergências de Arboviroses).

O COE tem intuito de “organizar as respostas” das prefeituras municipais no combate ao vírus.

Além do reforço nas ações de tratamento, o governo do Estado também  destacou aporte nas ações de prevenção. A SES (Secretaria de Estado da Saúde) está em tratativa com o governo federal para ampliar o efetivo de profissionais dos agentes de endemia – que agem para prevenir os riscos, visitando casas e orientando famílias.

“Santa Catarina, recebe do Ministério da Saúde baseado nos últimos estudos de 2014 em cima do mapa epidemiológico daquele momento, [verba] para 661 agentes. No cadastro nacional de estabelecimento de Saúde Santa Catarina tem 1258 agentes de endemia. Mais da metade do total é financiado pelas prefeituras municipais”, afirmou a secretaria de Saúde, Carmen Zanotto.

Conforme a secretária, o Estado teria direito a 3403 agentes de endemia, integralmente pagos com verba do Ministério da Saúde. A pasta pleiteia que o governo federal revise a situação. “Vamos buscar, junto aos municípios e o Cosems, o que é direito do Estado”, destacou.

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